Não me instigue a palavra vazia.
Sou explosão também em silêncio,
transcendência e forma, ação.
Florescendo em ventania.
Espargindo verso e procura,
sou toda essa loucura
de buscar no próprio céu
o que abranda o incêndio
do inferno pessoal.
Mas é assim que os meus canais
se abrem...
a sintonia se refaz
e tudo interage
com Teu plano.
É quando, me realizando,
a cada tanto de passo, em vôo,
me reencanto.
Toda eu sou, então,
pela força do que me convence,
as pontas, em pincel,
que emergem destas mãos,
despontando qual astro novo,
que, sem luz própria e pouco norte,
se banha nas águas do Teu Céu,
enquanto aquarela
a própria sorte.
(Célia de Lima)
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