A vida é uma mó atada ao meu tornozelo,
Uma âncora que me detém a este mundo,
Sou refém da própria existência que renego,
Meu cárcere tem paredes de carne,
Os grilhões que me prendem são de ossos,
Um fosso de sangue inibe minha fuga,
Agora entendo porque Ícaro voou tão alto,
Na ânsia de liberdade embriagou-se com ela,
Frágeis asas alçando vôo o libertaram,
O preço? Sua vida!
Quem me dera ter asas como as dele,
O que para um foi custo para o outro seria clemência,
Desejo muito voar alto sem ter que voltar,
Não tenho um pai amoroso como Dédalo para prantear-me.
§D§
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