Meu ciúme floresceu e está viçoso,
Sem perceber cultivei essa angiosperma,
Na sua sombra me deitei e tornei-me preguiçoso,
Passamos a ter uma interação fraterna.
Ouvi todos seus conselhos e alertas avidamente,
Uma consulta pela manhã e outra ao me deitar,
Em troca, tratei dessa plantinha constantemente,
Aguei, adubei, acalentei no íntimo do meu lar.
Mal sabia eu, que me tornei escravo do que semeei,
Para manter-me perto povoou meu pensamento,
Com insinuações a respeito de quem sempre amei,
“Ela não te ama, te trai, tem outro nesse momento”.
Acreditei nessa balela, inquiri, duvidei e maculei a relação,
Cegamente contaminado pela seiva do ciúme, perdi a razão,
Minha salvação foi minha amada também cultivar, cultivava o amor,
Com o fruto desse cultivo, preparou um antídoto e libertou-me do horror.
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