Sempre me perguntei... Existe alguém como eu?
Mas nunca esperei que alguém como eu fosse alguém como você.
És a parte que de mim foi tirada ao ser gerado,
apartado de ti não consigo ser eu, preciso de você para estar inteiro.
Nunca me senti desse mundo e tudo porque sempre fui seu...
Quem poderei ser senão posso estar contigo?
Sou só uma raposinha de vinhedo num campo de trigo.
Agora entendo que meu descontentamento era saudades suas,
não te conhecia, mas já te amava e sofria sua falta.
Vejo em você a minha dor e não me perdoo que se sintas assim...
Meu olhar nublado escondeu sua luz e te aprisionou ao meu sofrimento.
Cego não procurei por ti, órfã chorou por mim as minhas lágrimas e sua dor dói mais em mim.
Mesmo que eu não volte a ser uma unidade não quero que se sinta dividida,
a inteireza do seu ser te torna única, a parte de mim que reluz.
§D§