segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Chupando manga

Há experts em vinho (enólogo) ou em café (barista) e eu sou em manga (mangnânime*). É desse fruto divino que quero falar, exaltando suas formas, propriedades e afins. Ensinarei como manipulá-lo, desde a escolha da melhor unidade até o seu consumo.

A escolha de uma fruta é primordial para uma boa apreciação, não devemos degustar a primeira que aparecer ou tomar a do nosso próximo (vai que está bichada e você fica doente). Para tanto precisamos saber o que estamos levando para casa, conhecer a procedência. Outro cuidado importante é ver se não há machucadinhos ou imperfeições na pele da mesma, apalpar com cuidado para ver se está madura e, acima de tudo, é necessária uma empatia direta com a fruta.

Depois de bem lavada e até mesmo de dar uma raspadinha na pele da manga para tirar qualquer penugem natural da casca, estará pronta para o consumo. Existem diversos tamanhos e formas: grandes, pequenas, rosadas, redondas e sinuosas. Eu particularmente prefiro as rosadas, gordinhas porque são mais suculentas e sinuosas por serem anatomicamente mais belas.

Uma dádiva dessas não deve ser consumida vorazmente, pareceria um estupro e não somos animais. Primeiro sugere-se cheirar a manga profundamente, depois acariciá-la com calma sentindo a maciez sedosa de sua pele e até mesmo falar carinhosamente com ela. Certa vez falando palavras ternas para uma manga muito rosa, posso jurar que a vi piscar para mim, mas isso só acontece com muita dedicação e abnegação, coisas raras hoje em dia.

Depois das preliminares, pegamos essa fruta angelical entre as palmas das mãos e com os polegares, tocando o seu corpo, pressionamos delicadamente do centro para as extremidades. Ela exporá naturalmente seu interior, se abrindo à sua frente como uma boca pronta para um beijo. Mas lembre-se de não ser afoito e vá com calma, primeiramente passe a pontinha da língua, local onde estão localizadas as papilas gustativas filiformes muito sensíveis, para sentir todo o sabor úmido e doce da fruta.

O próximo passo é colar os lábios na abertura como num beijo, sugando o sumo, sorvendo amavelmente, aos pouquinhos abrindo as dobrinhas da pele para um melhor aproveitamento. Não deve haver preocupação em se lambuzar nessa atividade, pois é um momento de prazer único e quanto mais líquido escorrer maior é o prazer.

Para encerrar recomendo que, mesmo saciado, não se desfaça da fruta se ainda houver suco. Você corre o risco, ao deixá-la de lado, de um animal qualquer comer o que era seu. Só pare quando ela já estiver sequinha e terá a certeza que será o único na vida dessa manga.

Obs.: *Mangnânime é a junção das palavras manga e unânime, que originam essa nova especialidade criada por euzinho.

§D§

Chupando Manga

domingo, 29 de novembro de 2009

Com asas e sem amor








Amor e sentir fora de cartaz...
O amor nos liga e o sentir indica tudo,
Para mim então tanto faz,
Sinto que não está preparada, fico mudo.

Amar é estar preso a uma pessoa,
Sentir é a certeza das amarras,
Ao sentir-se livre o tempo voa,
Se não voa, está entre garras.

Na tua vontade de voar alto...
Liberta-me dessa corrente,
Esse é o motivo do meu salto,
O mundo gira e sigo adiante.

Liberdade é uma gaiola espaçosa,
Um espaço restrito á uma pessoa,
Desfrute de sua jaula formosa,
Enquanto o silêncio de mim ressoa.

§D§


Obscuro-Asas



sábado, 28 de novembro de 2009

Da terra para a terra







Na dúvida, prefiro semear...
O que vingar é lucro,
Se de medo não plantar...
Não haverá o que colher.

Sempre labutei a terra,
Pouco retorno obtive,
Colheitas tristes foram a paga,
Mas continuo semeando.

Não espero safras felizes,
Quero o suficiente para me manter,
Um dia meu labor findará
E a terra me receberá como alimento.

Hoje sou algo infrutífero,
Quiçá em breve serei semente,
Entregue ao destino do homem,
De todo ser vivente.



§D§


Triste


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Diálogo









Sei que te amo e não vivo sem você, então...
Por que acordo nos braços de outra? Quero saber,
Nada sinto por ela eu sei. Será só o corpo?
Ou apenas quero provar que sofro de remorso,
Por tanto te querer e não poder controlar?


Sei que me amas e não precisa provar, então...
Perdoo-te e não te deixarei! Pode crer,
Mas sinto o cheiro dela em ti. Isso me dói,
Para provar a si que me ama, faz pecar minha alma,
Teu medo de me perder é tanto que me perde nele?


Sim minha querida! Perco-me tentando me encontrar em ti,
Tento provar que consigo viver sem esse amor,
Corro para outro corpo, mas o vazio depois me corta a alma,
Volto para meu refúgio, doente e cansado do pecado,
Porém teu santuário me purifica e acolhe...
Não farei mais, não vivo sem você!


Não meu querido! Essa sua busca está nos pondo a perder,
Deixe de lograr provas e viva nosso amor,
Corra para mim quando seus medos acossarem sua alma,
Serei teu porto seguro, cuidarei de ti e barrarei seu temor,
Nossa relação é forte e nos justifica...
Somos um do outro e não há vida de outra forma.


§D§

Obscuro_Casal



quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estudo sensual

Davi recebe Mariana, sua colega de classe, para mais uma sessão de estudo em sua casa. Como de costume, o quarto do rapaz é o local onde se reúnem. O dia está muito quente obrigando o jovem a ligar um ventilador para arrefecer o local. A moça se joga faceira e com toda a intimidade na cama de solteiro, enquanto Davi se ajeita numa banqueta sem desviar o olhar de sua amiga, reparando toda a beleza morena da mesma.

Esbelta e de cabelos negros muito longos, fica mais atraente ainda com essa minissaia branca que está usando, revelando um lindo par de coxas com pelinhos muito finos e dourados. Nesse momento o ventilador, na sua varredura para ventilar o ambiente, acaba levantando a saia da menina. Deixa à mostra, no ângulo de visão do garoto, a calcinha branca de renda transparente, sob a qual foi possível perceber o escurinho dos pelos pubianos da jovem.

Mariana não percebe nada. Davi se coloca em pé de um salto e, muito afogueado, faz um comunicado:

-Mariana, tenho algo para você, mas quero que me diga o que é sem ver.

-Oras Davi! Como farei isso sem ver?

-É simples. Você pode tocar, cheirar e provar a vontade, só não pode ver o que é.

A garota abre um sorriso maroto no rosto e reponde...

-Eu topo, sou muito boa com as mãos.

O rapaz pede para que a moça sente-se na cama, venda seus olhos e afasta-se para pegar o objeto. Um minuto depois retorna, fechando a porta do quarto e aproximando-se da garota.

Ela está excitada com o suspense e atenta a tudo. Mariana percebe que o garoto está desembrulhando algo, um cheirinho de morango se espalha pelo local, trazendo uma certeza para a moça, “ele está colocando uma camisinha perfumada”. Ela decide seguir com esse joguinho porque confia plenamente no rapaz.

A voz de Davi corta o silencio, meio rouco de timidez, mal consegue articular as palavras que irão nortear a brincadeira.

-Mariana! O que vou colocar na sua mão é delicado. Por favor, não aperte ou dobre, aja delicadamente.

Rubra de vergonha e prazer, ela responde também toda sem jeito.

-Claro, claro! Serei cuidadosa.

Tremulo e desajeitado o menino deposita nas mãos da jovem um objeto que ela logo identifica como sendo cilíndrico, macio, porém firme. Ela apalpa avidamente em toda sua extensão, retirando o invólucro que o amigo deixou por segurança e passa a investigar prazerosamente. Ambos estão muito excitados com a brincadeira. O rapaz em pé na frente da sua parceira se mantém muito firme, ela por sua vez continua sua exploração agora colocando uma parte do corpo estranho na boca.

-Humm... Que delicia! - Ela balbucia abocanhando novamente seu objeto de prazer.

Davi se enche de alegria, observando a cena que se descortina na sua frente. Malicioso, olha o decote da amiga num top muito pequeno, percebendo que agora escorre pelos cantos da boca dela até o queixo, um liquido que goteja entre os seios. Ela continua sugando e sugando e soltando gemidinhos de prazer.

O rapaz não se contém de tanto desejo ao vê-la passar a língua muito úmida em volta do seu presente, muito gulosa introduz novamente até o final, chupando e dando voltas dentro da boca de lábios muito vermelhos, deixando-se lambuzar com esse liquido denso que escorre. Momento depois, muito satisfeita, ela devolve o objeto para o rapaz, só que agora muito menor.

-Então Mariana, o que foi que você chupou até não poder mais?

-Ora seu bobo! Um picolé sabor morango.

Ele joga o palito fora.

Depois de rirem abertamente, voltam aos estudos.

§D§

 

Picolé

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Oceano










À amplitude do oceano,
Comparo meu sentimento,
Tão grande quanto meu desejo,
Vasto como seu encanto.
Na deriva desse amor...
Não morro a míngua.


Para matar a sede de ti,
Sorvo toda a água do mar,
Esse mar que salga minha pele,
Tempera minha vida e alma,
Alimenta meu espírito solitário e...
Náufrago feliz, perdido em você.


Seu corpo é minha ilha salvadora,
Dela tiro os frutos que me mantém vivo,
Percorro toda sua extensão nu,
Penetro seus esconderijos em busca de abrigo,
Dentro de ti encontro tudo que preciso,
Alegria de viver só, contigo e para ti somente.


§D§

Obscuro_Ilha



terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dicas para autores



Gostaria de iniciar falando um pouco sobre o "poeta", seu processo de criação e variantes. Poeta é aquele que tem o dom de encher os olhos de seus leitores com o jorro de sua inspiração, dando-lhes o prazer de seu gozo que deve ser quente, denso e fluido. É comum algumas leitoras ficarem cegas com esse jorro poético, não entenderem o significado e até mesmo se indignarem com a poesia, porém é dever do autor ajudar suas leitoras na compreensão do seu trabalho. Com calma, deve-se mostrar o objetivo que seu talento visa atingir, abrindo o caminho com carinho e vigor, deixando fluir sua energia poética no âmago de sua ouvinte, fazendo com que ela sinta o vai e vem das palavras e sentimentos, levando-a ao êxtase final.
O trabalho do poeta é poetar ou punhetar (arte de escrever poesia usando o punho). Eu prefiro o termo punhetar, acho mais prazeroso. É razoável dizer que um poeta compondo sua poesia está punhetando e desse grande momento de inspiração onde age sozinho, mas não com menos prazer, fluirá grande gozo literário. O termo usado para um grande poeta é poetão ou poetaço e sua poesia se denomina punhetaço, enquanto que o poeta medíocre é chamado de poetinha e sua obra de punhetinha.
Pena
Existem vários estilos poéticos, como o haicai originário do Japão que, seguindo a tradição do diminuto japonês, é uma poesia pequenina, miudinha, um tiquinho de nada mesmo. É composta por dois versos com cinco silabas e um terceiro com sete. Temos também a nossa versão nacional e para ser mais específico, Ituana, Batata Rôla natural de Itu é o poeta que criou o estilo ohsobe, identificado por uma métrica enorme, versos robustos e grandiosos.
O sexo feminino prefere a poesia de quatro para sentir melhor, digo quatro versos em cada estrofe. Devem-se ter no mínimo três estrofes, pois se você compuser com menos corre o risco de ser chamado de poeta fraquinho... Eu costumo fazer com quatro ou cinco estrofes e sou tido como valoroso.
Temos também a ode, um tanto enfadonha, métrica perfeita e muito lírica. Os leitores costumam dizer que dá um ode o ler esse tipo de texto. Recomendo que só os mais experientes se aventurem por esse caminho para que não morram de ode.
Outra vertente é a prosa poética, livre de restrições é a mais usada no interior, lá os poetas proseiam muito.
As crianças adoram o estilo poetrix, criada por Asterix e Obelix, dois gauleses que troçavam dos romanos com seus versos em forma de caligrama.
Para encerrar temos o soneto, a mamãe que não sabe cantigas de ninar lê um soneto para a criança que surtirá o mesmo efeito, soneto dá um soninho.
Espero que minha vasta experiência possa ter ajudado aos aspirantes a poeta. Um poeta é acima de tudo um ser humilde, generoso e livre de hipocrisia, que ensina não para mostrar que sabe, mas para ajudar o seu semelhante. Assim sou eu... Um grande poeta modesto!
Dever cumprido... Despeço-me,
Grato, muito e tanto!
§D§

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Morte desejável

 

 

“Para uma morte desejável tenha uma vida ordinária”.

Experiência inexperiente

“Das experiências que trouxe da vida, aprendi que não sei nada, que o incerto perdura certamente por toda a vida”.

§D§

Locomotiva








Pensamento idiota numa mente ativa,
Quanto mais foge, mais pensa,
Ferve o cérebro, arde o corpo nessa locomotiva,
Um querer enorme, uma vontade imensa.

Segue pelos trilhos essa composição,
Rangendo desenfreada feita louca,
Penetrando com seu corpo de aço na estação,
Apitando e avisando que esta solta.

Um entra e sai... De gente, nessa máquina ardente,
Depois de bem lubrificada e preparada para andar,
Está toda pronta e impaciente novamente,
No vai e vem da viagem, só quer fazer gozar...
Os passageiros, é claro.

§D§


Locomotiva

domingo, 22 de novembro de 2009

Coração renovado








Meu coração estava quebrado,
Sem uso num canto escuro,
Uma peça alheia no passado,
Dentro de um peito obscuro.

Uma nova amiga em uma visita,
Fez questão de conhecer meu viver,
Em sua busca logo ficou aflita,
Tropeçou no meu coração sem querer.

Levou-o consigo, viu que estava estragado,
Breve retornou com um enorme sorriso no rosto,
Meu coração estava novo, batendo compassado,
Junto do dela e ao seu gosto.

§D§






sábado, 21 de novembro de 2009

:) (:

Carinho eu quero,
Amor, não vivo sem,
Romance, só com você,
Longe de mim a tristeza,
Agora que és minha.

§D§

Verdade ou mentira?

A verdade é uma palavra que dá credibilidade. Parece redundante, não é? Nem tanto, a melhor mentira é fundamentada na verdade, logo quem mente é o mais verdadeiro possível tornando sua bravata muito verdadeira.

Quanto mais crédula for uma pessoa, mais fácil cairá num ardil e vice-versa também. Malandro não cai em engodo porque não acredita em ninguém, sabe bem que acreditar é abrir a porta para o engano. Parece cruel que a inocência das pessoas seja o seu ponto fraco, mas é da natureza humana crer no seu semelhante, não que seja errado, porém também é da natureza humana mentir.

Outra coisa que me chama a atenção é a verdade ser tida como fato. Para mim se trata de um conceito e sendo assim cabem várias interpretações e teorias o que consequentemente desfaz a idéia de incontestabilidade. Uma mentira que não foi descoberta é tida como verdadeira até que alguém prove o contrário e só aí passará a ser falsa. Então pergunto... Se a verdade é um fato e se contra fatos não há argumentos, como pode um evento verdadeiro passar a ser falso?

Não é mais lógico dizer que se trata de conceito e que como todo conceito é ditado por um censo comum e sujeito a todo tipo de falha? Entendido esse ponto é razoável aceitar que a verdade não é tão verdadeira assim, mas se trata do que temos como real ou não. O real também é muito subjetivo, um exemplo é a reencarnação, muitos afirmam que é real e de igual modo muitos afirmam que não é, quem está com a verdade?

Prefiro crer que o melhor é não crer em nada, assim não serei enganado por me fiar na verdade, sempre digo que “a verdade é uma mentira bem contada e a mentira é uma verdade que ninguém acredita”, pois se sabemos que é mentira conhecemos a verdade e assim não acreditamos nela. Vou dar um exemplo: Uma pessoa afirma “sou mentiroso”. Se é mentiroso acabou de ser verdadeiro e não pode ser tido como mentiroso, mas então mentiu ao dizer uma verdade, porém como uma pessoa pode ser falsa contando a verdade sobre ter mentido?

§D§

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Alma de princesa e coração de rainha









Dentro de sua fortaleza encantada a princesinha se veste de serva,
Brinca com seus brinquedinhos quebrados,
Sua alma é simples, não tem noção que é majestosa,
Tem noção da injustiça do mundo lá fora,
Mas não permite que invada seu coração puro,
Ela edificou e ergueu bem alto seu muro,
Só entra o que é puro,
Só sai o que é purificado,
E assim todos em sua volta se sentem tocados,
Ela segue sozinha,
É princesa e rainha,
Do seu mundo de faz de conta,
Tão real como sua realeza,
Acredita na verdade,
Mas só na da simplicidade da própria natureza,
Natureza humana...
Sua natureza.


§D§


Castelo



Manjar





“Duas jabuticabas, uma manga rosa suculenta em tez de pêssego dispostos numa cesta dourada”.


§D§



Eu quero ser seu namorado


Hey, little girl I wanna be your boyfriend

Hey, garotinha, eu quero ser seu namorado

Sweet little girl I wanna be your boyfriend

Doce garotinha, eu quero ser seu namorado

Do you love me babe? What do you say? Do you love me babe?

Você me ama Baby? O que você diz? Você me ama Baby?

What can I say? Because I wanna be your boyfriend

O que eu posso dizer? Porque eu quero seu seu namorado

Hey, little girl I wanna be your boyfriend
Hey, garotinha, eu quero ser seu namorado

Sweet little girl I wanna be your boyfriend

Doce garotinha, eu quero ser seu namorado

Uuu uuu uuu uuu-au

Uuu uuu uuuuuaaaaa
Because I wanna be your boyfriend

Porque eu quero ser seu namorado

Hey, little girl I wanna be your boyfriend

Hey, garotinha, eu quero ser seu namorado

Sweet little girl I wanna be your boyfriend

Doce garotinha, eu quero ser seu namorado

Because I wanna be your boyfriend

Porque eu quero ser seu namorado

Do you love me babe? What do you say? Do you love me babe?

Você me ama Baby? O que você diz? Você me ama Baby?

What can I say? Because I wanna be your boyfriend

O que eu posso dizer? Porque eu quero seu seu namorado

Hey, little girl I wanna be your boyfriend
Hey, garotinha, eu quero ser seu namorado
Sweet little girl I wanna be your boyfriend

Doce garotinha, eu quero ser seu namorado

Hey, little girl I wanna be your boyfriend

Doce garotinha, eu quero ser seu namorado


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Atenção mulher!








Atenção! Sou homem, sou safado,
Ao ver um rabo-de-saia, fico alerta,
Ouça o que eu digo, tenha cuidado,
Seja prudente, uma menina esperta.


Meu coração vive apaixonado,
Um bólido sem freio,
Corro por essa via acelerado,
Não aceite esse passeio.


Tenho essa loucura, esse apego doentio,
Às curvas sinuosas, a um belo rebolado,
Sou adorador, um viciado em mulher,
Basta um olhar tímido e me arrepio,
Um sorriso meigo deixa-me animado,
Meu Deus! Não me deixe sem mulher.


§D§




Obscuro-Nu



quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A verdade é uma mentira bem contada…

Quero fugir, mas não encontro para onde ir. Como se esconder de si?

Por que ainda acreditamos em promessas quando todo mundo sabe que são feitas justamente porque não há garantias de serem cumpridas? E as desculpas então, o que falar das desculpas que são ditas depois de uma promessa quebrada?

Ah, caro amigo! Somos enganados porque acreditamos na verdade, quem acredita que tudo é mentira não é enganado.

Vou parar por aqui, mas prometo discorrer nesse assunto em um momento menos caótico.

§D§

Noites solitárias











Você sempre me pergunta o que sinto por ti,
Me esquivo e disfarço, olho para cima, olho a lua,
Tenho medo que me delate, ela sabe o quanto amo,
Quando a noite chega e sua falta se faz presente,
É com ela que me confesso, falo teu nome e choro.

Quero acreditar que sou forte, mas esse amor me derruba,
Seu olhar é um nocaute, seu abraço é uma chave de braços,
Não quero me soltar, quero que me aperte mais, não solte!
Nessa luta quero que nosso romance vença esse embate,
Entende agora o quanto te amo? Você entende meu amor?

Se quiser posso ser mais claro... Vejo seu rosto na face da lua,
Ouço tua voz no silêncio noturno, sinto seu cheiro em noites solitárias,
Seu toque está na minha pele e meu coração foi-se, está contigo,
Sempre esteve... Sempre esteve...
Ah, você não sabe! Não tem idéia do que sofro longe de ti,
Não te falo tudo isso porque não quero que me veja prantear,
Pareço fraco, minha força está em você, vivo a custa de te amar.

§D§



Obscuro Anjo 



Meu passa tempo é fazer o tempo passar

“A vida não é tão ruim quando se tem a esperança de uma morte eminente, é até suportável”.

“A vida é um saco! Não vejo a hora de esvazia-lo”.

“Se alguém ver a morte, avisa que minha vida a está chamando”.

§D§

 

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Amiga chuva








A precipitação temporã banha a face da colina,
Por onde passa traz contagiante alegria,
A meninada faz festa descalços na campina,
Sabem que ela abençoa aquele que planta e cria.

Com o campo orvalhado o gado fica animado,
Todo ser vivente está agradecido pela benção recebida,
Passeiam fogosos e descuidados por todo o prado,
Sabem por instinto, a natureza outra vez lhes deu guarida.

O homem do campo já está acostumado com essa manha,
A chuva serôdia é como noiva, só chega atrasada,
Nem por isso menos... Prendada, desejada ou amada,
Cheia dos encantos, seduz faceira o solo fértil e o assanha.

Desse casamento perfeito vêm os frutos do trabalho,
A fé no campo, no bucólico retiro é renovada novamente,
Choram alegres os rios, matas assoviam e as sebes dançam no atalho,
O universo campestre coberto de verde brilha vivamente.


§D§


Chuva




segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Meu refrigério é você







O calor tem aumentado ultimamente,
Pensar nas tuas curvas não ajuda,
A sede de você aumenta e o sangue ferve,
A temperatura sobe e meu coração aquece.

Sua boca é fruta vermelha, meu refresco,
Seu corpo é um lago de águas salutares,
Venha saciar-me, trazer-me seu refrigério,
Para aplacar a minha temperatura.

Preciso mergulhar dentro de ti e ir fundo,
Sou um explorador nessa fenda estreita,
Um admirador das tuas maravilhas pudendas,
Quero provar o jorrar das tuas águas.

No retorno dessa aventura já saciado,
Deito-me nu, arrepiado e ainda molhado,
Entre seus picos gêmeos e bem torneados,
Para descansar enquanto ouço seu resfolegar.

§D§



Cascata




domingo, 15 de novembro de 2009

Chamas








O olho da noite me espreita,
Seu olhar lunar está indagador,
Somos íntimos e conhece minha alma,
Ela me envolve no seu manto escuro,
Carinhosa na esperança de me confortar
Contenho meu pranto até emudecer,
Meus olhos úmidos brilham ao luar,
O coração está apertado, sufocado,
A dor no meu peito é lancinante,
Mas tenho que suportar contrito,
Foi-se quem mais amava,
Não ouço mais o seu coração.
Qual será o meu lugar no mundo?
Fiquei sem rumo, tenho que me achar,
O globo não espera por ninguém,
Logo o dia assumirá seu posto,
Minha amiga noite se recolherá,
As chamas eternais do sol surgirão,
Acusadoras me lembrarão o que perdi,
Expondo toda minha infelicidade e solidão.


§D§






sábado, 14 de novembro de 2009

Beijando…











O dia está preguiçoso...
Deito-me na rede da varanda,
Embalado por um movimento,
Embalado por um pensamento,
Só assim essa saudade abranda.

Quero um sonho gostoso...
Ouço o som de guitarra havaiana,
Ondulando com as ondas do mar,
Sinto a maresia impregnada no ar,
Um perfume feminino que emana.

Agora um beijo gostoso...
Meus lábios tocados levemente,
Sabor de morango, de batom,
Hálito morno, língua penetrante,
Úmida, vai e vem, muito bom.

Acordo desejoso...
É real, está aqui comigo,
Lágrimas marejam ao perceber,
Que agora estou contigo,
Não quero mais sonhar, só viver.

§D§






Inquisição mental








Estou como Joana D’arc,
Ouço vozes malignas,
Tenho visões apocalípticas,
Por isso sou acossado.

Preso em cela fétida,
Expurgo meus delitos,
Do meu calabouço mental,
Pela nesga ocular vejo...
A pira sendo preparada,
Para arder o pirado condenado.


Obscuro_Calabouço

Nisso há verdade gritante,
O fogo consome o pecado,
Não me ressinto de ser incinerado,
O que me aflige é a hipocrisia dos jurados,
Montam inquisição para condenar o ignoto,
Na esperança de esconder suas inépcias.

Cremem logo minha carcaça,
Quero ver o que farão das idéias,
Idiotas bajuladores da mesmice,
Acaso existe adustível para o pensar?

§D§



Silêncio








Morreu nossa conversa,
Fiquei sem assunto,
A coisa ficou adversa,
Aconteceu num minuto.Obscuro_Silencio


Agora falo pouco,
Corrijo! Não falo mais,
Morto e não louco,
Já verbalizei por demais.


Mais fácil é calar,
Do que alçar a voz,
Silêncio doído no ar,
Tomei atitude atroz.


Um selo na boca,
Outro no coração,
Pare! Vontade louca,
Adeus! Doida paixão.

§D§



sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ciúme







Meu ciúme floresceu e está viçoso,
Sem perceber cultivei essa angiosperma,
Na sua sombra me deitei e tornei-me preguiçoso,
Passamos a ter uma interação fraterna.

Ouvi todos seus conselhos e alertas avidamente,
Uma consulta pela manhã e outra ao me deitar,
Em troca, tratei dessa plantinha constantemente,
Aguei, adubei, acalentei no íntimo do meu lar.

Mal sabia eu, que me tornei escravo do que semeei,
Para manter-me perto povoou meu pensamento,
Com insinuações a respeito de quem sempre amei,
“Ela não te ama, te trai, tem outro nesse momento”.

Acreditei nessa balela, inquiri, duvidei e maculei a relação,
Cegamente contaminado pela seiva do ciúme, perdi a razão,
Minha salvação foi minha amada também cultivar, cultivava o amor,
Com o fruto desse cultivo, preparou um antídoto e libertou-me do horror.








Obscuro_-_Ciúme



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