Cúmulos-nimbos
Desgosto em vida
Esperança na morte
Que chegue o fim da lida
Que venha o sessar de toda sorte.
A chuva não passa, fria e resoluta
Umidade incessante, do gotejar cadente à enxurrada
Cúmulos-nimbos da alma aos ossos.
A terra de pernas pro ar
O céu de cabeça para baixo
Um horizonte sem horizontes
No fim do arco iris monocromático só uma lápide,
mas tudo que se é necessário para se abrigar da tempestade.
§D§