terça-feira, 16 de outubro de 2012

Desgosto



Tenho essa mágoa
que como a lama que turva a água
mancha também minha alma.

Com sua saída
deixaste uma ferida
que há de levar a minha vida.

No coração te criei,
o meu sangue te dei,
com tuas dores chorei.

Hoje estou só,
na garganta um nó,
um ser que dá dó.

Mas a culpa é minha,
achei que a tinha,
entretanto, já não tinha mais.

Não quero mais sofrer,
não quero mais viver
e não quero mais querer.

§D§






3 comentários:

Unknown disse...

Triste, mas bela!
Querer... Penso que aí está a raíz de todo o mal...
Perdoe-me, são só devaneios... Teus textos sempre me remetem a tantas outras coisas, outros tempos, outros espaços...
Bom te ler!

Unknown disse...

Adoro essa!
Parece muito comigo.

Obscuro disse...

Olá, Si!

Gosto dela também. É uma amostra do meu DNA.

Abraços

§D§

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