domingo, 15 de novembro de 2009

Chamas








O olho da noite me espreita,
Seu olhar lunar está indagador,
Somos íntimos e conhece minha alma,
Ela me envolve no seu manto escuro,
Carinhosa na esperança de me confortar
Contenho meu pranto até emudecer,
Meus olhos úmidos brilham ao luar,
O coração está apertado, sufocado,
A dor no meu peito é lancinante,
Mas tenho que suportar contrito,
Foi-se quem mais amava,
Não ouço mais o seu coração.
Qual será o meu lugar no mundo?
Fiquei sem rumo, tenho que me achar,
O globo não espera por ninguém,
Logo o dia assumirá seu posto,
Minha amiga noite se recolherá,
As chamas eternais do sol surgirão,
Acusadoras me lembrarão o que perdi,
Expondo toda minha infelicidade e solidão.


§D§






Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, poeta! Bom, penso que estou me repetindo demais... Adorei a sua poesia! Essas chamas aquecem a alma... Abraços

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