quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Morada Tumular



Orbe telúrico,
massa crua.
Essência de Gaia,
fermento humanoide.

Abóboda anil,
plano verdejante.
Razão de Zeus,
sapiência e dor.

Morada efêmera,
fenecimento algures.
Momento Kairos,
passagem atroz.

Perde a forma,
empana, encrua.
Tempo de Chronos*,
deteriora e murcha.

§D§


*Não confundir com Cronos (Titã e filho de Urano com Gaia).
O Chronos aqui mencionado é o deus do tempo que gerou a si mesmo.



Um comentário:

Unknown disse...

Realmente poeta! Chronos é perverso, implacável e mortal, por isso kairós nasce dele, para que ambiguamente possamos nos deleitar antes do tempo final.

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