Estou cheio de desejo
do tipo que não se conta.
Olhar lascivo sem pejo
daquele que apronta.
Calado e matreiro,
mas que não esconde
o bote certeiro
e as quantas andam o bonde.
De olho na presa,
com a boca a salivar.
Já avista oferecida na mesa,
pronto para se banquetear.
O predador e a caça subjugada.
Ela corada e ele faminto,
ela querendo ser devorada,
ele bêbado dela como de absinto.
Na cadeia alimentar da luxuria
todos morrem de paixão
e renascem para a fúria
de alimentar essa emoção.
§D§
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