sábado, 8 de janeiro de 2011

Imolar e amolar







Da carranca que assusta,
degusta o medo que arranca.
Na cara feia pavorosa,
temerosa e cruel tara na veia.

Da alegria de ser mal,
tal a tristeza que se cria.
Da semente da dor,
horror que floresce demente.

De insensível olhar penetrante
expectante no gargalhar terrível.
Da viciante atitude sempre fria,
hemorragia da virtude infante.

Mata o homem, o consome...
Fome de desordem inata,
come a pele e esfola até o osso.
Poço que amola, fere e não some.

§D§





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