quinta-feira, 2 de junho de 2011

Domadora de mim






Quanto maior a fome mais mente o homem!
Faminto, minto e omito para conseguir o que quero,
digo que não te quero e que não ligo, finjo...
Mostro dentes e garras numa cara indecente,
parto para cima com arma em riste, machuco.
Você insiste em manter a guarda aberta,
aproveito-me da sua pequena abertura,
guardo-me todo dentro de ti, reviro tuas entranhas.
Mordo-te, te arranho, te lambo, te gosto.

Minha presa! Prendo-me a você com toda liberdade,
reviro-te, me viro, de frente e de trás e de todas as formas
que tuas formas perfeitas me induzem e seduzem.
Coloca-se submissa, se entrega sem trégua e me alimenta,
arrebata-me e me mima, doma a fera, acalma minh'alma,
anima-me, dá-me de mamar nos teus seios o carinho.
Abrigado em nosso ninho, me alinho novamente no teu colo.
Sou manso no remanso dos teus braços.
Durmo tranqüilo e saciado!

§D§





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