sábado, 4 de junho de 2011

Sem sentido

O sentir é a brasa que abrasa e assola a sola dos pés!

A mão no choque do insensível toque perde o tato...

Sinto, então, o cheiro de algo errado, é o fato do olfato aguçado perdido.

O gosto de medo na boca de onde o palato está foragido.

A voz cala na ante-sala dos lábios, o tapete vermelho se enrola a gaguejar.

Ante tamanha visão percebo que não vejo nada com a retina retida na falta de luz.

Tentando ouvir, olvidar é o que me chega aos ouvidos.

Qual o sentido da vida: Viver para sentir ou sentir para viver?

Nascido natimorto, penso que descrevi a falência múltipla de sentimentos sem sentido, sentidos e "ressentido". Falta sentido na existência humana.

Sendo assim, testo e atesto este texto como atestado de óbito das razões que tentam dar senso ao nonsense da vida.

§D§

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