segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Manto Negro








Minha pele é muito pálida,
Os cabelos negros como breu,
Tenho olhos muito escuros,
Não se dão bem com a luz.


Possuo sangue frio e volátil,
Meu coração não está comigo,
Não ouço bater nem sinto pulsar,
Esta minha alma da conta sem ele.


Nas noites perscruto na escuridão,
De cócoras nos telhados como anjo caído,
Uma gárgula sem vida, grotesco e invisível,
Me oculto, minha visão é terrível.


Sou puro sensação num corpo pecaminoso,
Desejo a carne, sinto o seu aroma e assusto...
Ela sente meu olhar e transpira de desejo e medo,
Percebo o calor do seu sexo umedecendo,
Envolta na minha capa preta, presa se entrega...


Meu falo pulsa sugando seu prazer para que eu viva,
Dentro dessa fêmea continuo parte do orbe vivente.
Mordo, judio e ela quer conhecer mais do meu mundo,
Somos dois corpos flutuando no manto negro da noite,
Uma besta e sua virgem de sacrifício... Sacrificada está!


§D§

Obscuro-Selvagem

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